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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Uma Pitada de Sorte' é comédia nacional solar e divertida


Que agradável surpresa é Uma Pitada de Sorte, comédia brasileira que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 15. Dirigida por Pedro Antônio Paes (Altas Expectativas, Um Tio Quase Perfeito), a produção conta a história de Pérola (Fabiana Karla), mulher que vive com sua mãe (Jandira Martini) em busca de um sonho bem claro e muito definido: trabalhar com a gastronomia.


Apesar de ganhar dinheiro nas festas que o negócio da família organiza, principalmente se vestindo como animais, ela sonha em ir além. Mas as coisas não estão fáceis: ela foi demitida do restaurante em que trabalhava e, agora, parece que a única saída é ser a assistente popular e atrapalhada de um chef famoso e conceituado (Iván Espeche) em um programa de culinária.


O filme acerta por ter uma mensagem clara: falar essencialmente sobre superação e perseguir o próprio sonho. Para isso, Fabiana Karla está bem diferente do que foi visto no questionável Lucicreide Vai pra Marte. Nada de exageros, caricaturas e afins. Aqui, Pérola é uma personagem pé no chão, bastante realista, que pode se tornar espelho de pessoas do outro lado da tela.

Com isso, ao invés de ser um humor baseado no exagero, Uma Pitada de Sorte trabalha com a comédia de situações. Com isso, percebe-se um filme mais leve, simpático e muito funcional.


Afinal, Pedro Antônio Paes sabe como conduzir Fabiana em uma atuação bem diferente do que foi visto até aqui. O roteiro, enquanto isso, encaixa como uma luva para a atriz -- não à toa, os roteiristas Regiana Antonini, Alvaro Campos e o próprio Pedro Antônio Paes fizeram essa história ao redor da própria Fabiana Karla, num movimento difícil de se ver na produção daqui.


Destaque também para a sempre sensacional Jandira Martini (O Clone), que se torna memorável como uma espécie de Policarpo Quaresmo. Rende gargalhadas. No final, só fica um porém: o filme, nessa ânsia de fazer humor de situação, acaba exagerando em algumas coisas. A confusão de Pérola como auxiliar no programa, o drama que vive no final... O tom fica acima.


Uma Pitada de Sorte, assim, termina bem. Ainda que com algumas notas destoantes, o longa-metragem cumpre sua função de ser bem-humorado, divertido, leve e com uma boa mensagem. Fica a torcida para que Fabiana Karla volte a encarar um papel desse, mais leve e despojado, sem as amarras do humor caricatural. Ela deixou muito claro aqui que dá conta do recado.

 

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