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  • Foto do escritorMatheus Mans

Lista: 5 músicas para conhecer a obra de Tim Maia


Tim Maia nunca foi um músico de seguir padrões. Fazendo apenas o que bem entendia, o “síndico” da MPB dava bronca nos músicos em cima do palco, incrementava as melodias do jeito que achava melhor e ia apenas em shows que lhe interessavam e os que davam tempo -- fazendo até que suas ausências em espetáculos se transformassem em verdadeiros eventos.

Ao observar atentamente a sua discografia, essa metamorfose constante o acompanhou na música. Suas composições tinham movimento, eram de momento. Em uma época mais religiosa, e com ligações metafísicas, Tim Maia apostou nas composições “racionais”. Em outras, sua vibe era mais dançante, animada. Era disco. Em outras, enquanto isso, reinava a melancolia.

Por isso, para quem não conhece Tim Maia, é tarefa difícil entrar nas suas mais profundas camadas. É difícil desbravar seus trabalhos e separar Azul da Cor do Mar de Coroné Antonio Bento. São trabalhos vindos de uma mesma mente criativa, mas que apresentam resultados diferentes. O Esquina, então, separou 5 músicas para ajudar os novatos a entrar na vida e carreira de Tim Maia. Boa sorte!

Imunização Racional (Que Beleza)

“Uh! Uh! Uh! Que beleza” é o refrão de Imunização Racional, principal composição de Tim Maia em sua fase religiosa e metafísica. Enquanto a melodia tem um ritmo mais lento e cadenciado, a letra escapa para a metáfora e para a exaltação da natureza. Interessante para entender esta fase sombria, e pouco conhecida, de Tim Maia. Destaque ainda para Energia Racional.

Gostava Tanto de Você

Gostava Tanto de Você se tornou a principal música da carreira de Tim Maia, ultrapassando Não Quero Dinheiro e Azul da Cor do Mar. Aqui, é possível ver o lado poeta do carioca: aqui, a letra se sobrepõe à melodia. A emoção pulsa em cada nota, em cada verso cantado com a força vocal de Tim Maia. É emocionante do começo ao fim, até o último soar dos instrumentos.

A Rã

Inteiramente instrumental, A Rã é um dos maiores sucessos na carreira do músico acreano João Donato. Tim Maia, então, pegou a instrumentalização, inseriu uma letra -- divertida, de ares abstratos -- e fez essa bossa. Não é a obra prima do cantor carioca, mas é uma delícia de ouvir. Além disso, mostra um lado pouco conhecido de Tim, compositor criativo e fã de bossa nova.

Do Leme ao Pontal

Extremamente popular, Do Leme ao Pontal faz sucesso com o refrão “tomo Guaraná, suco de caju, goiabada para sobremesa”. Aqui, é possível ver a faceta mais disco de Tim Maia: a letra é pouca, mas o ritmo se espalha ao longo de toda a composição. No final, difícil não cantarolar os versos em questão ou, ainda, ficar com a melodia presa na cabeça.

Coroné Antonio Bento

Outra música que não é de Tim Maia, mas vale entrar na lista pela “presença de espírito” do carioca. Ele pegou uma canção esquecida no tempo, Matuto Transviado, e a adaptou livremente. Mexeu na melodia e ainda mudou o nome da música, chamando-a de Coroné Antonio Bento. O sucesso foi instantâneo e a canção, repaginada na voz de Tim Maia, foi um dos principais destaques do álbum Tim Maia, de 1970, um dos mais importante de sua carreira.

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